segunda-feira, 2 de novembro de 2015

ANÁLISE ERGONÔMICA

A análise ergonômica do trabalho é um processo construtivo e participativo para a resolução de um problema complexo que exige o conhecimento das tarefas, da atividade desenvolvida para realizá-las e das dificuldades enfrentadas para se atingirem o desempenho e a produtividade exigidos. Além da análise ergonômica proporcionar melhores condições de trabalho, ela oferece maior proteção legal para empresa contra possíveis ações judiciais (conforme NR17) e auxilia as empresas que estão em busca de certificações.

Etapas da Análise Ergonômica:

1. A análise da demanda e do contexto: para situar o problema a ser analisado, como explicado acima.

2. A análise global da empresa: seu grau de evolução técnica, sua posição no mercado, sua situação econômicofinanceira, sua expectativa de crescimento etc.

3. A análise da população de trabalhadores: política de pessoal, faixa etária, evolução da pirâmide de idades, rotatividade, antiguidade na função atual e na empresa, tipos de contrato, experiência, categorias profissionais, níveis hierárquicos, características antropométricas, pré-requisitos para contratação, nível de escolaridade e capacitação, estado de saúde, morbidade, mortalidade, absenteísmo etc.

4. Definição das situações de trabalho a serem estudadas: essa escolha parte necessariamente da demanda dos primeiros contatos com os operadores e das hipóteses iniciais que já começam a ser formuladas.

5. A descrição das tarefas prescritas, das tarefas reais e das atividades desenvolvidas para executá-las. Grosseiramente, diríamos que a tarefa prescrita é o objetivo fixado pela empresa.


6. Estabelecimento de um pré-diagnóstico: ele deve ser explicitado às várias partes envolvidas, após o que será validado ou abandonado como hipótese explicativa para o
problema.

7. Observação sistemática da atividade, bem como dos meios disponíveis para realizar a tarefa.

8. O diagnóstico ou diagnósticos: partindo das situações analisadas em detalhe, é possível formular um diagnóstico local, que permitirá o melhor conhecimento da situação de trabalho.

9. Validação do diagnóstico: ele é apresentado a todos os atores envolvidos que poderão confirmá-lo, rejeitá-lo ou sugerir maiores detalhes que escaparam à percepção
do analista.

10. O projeto de modificações/alterações: esse tem sido o item mais negligenciado segundo o depoimento dos auditores fiscais.

11. O cronograma de implementação das modificações/ alterações: os auditores-fiscais têm de ser informados dos tempos necessários a essas modificações para que possam situá-los nos prazos concedidos pela legislação ou renegociá-los com o apoio das organizações sindicais.

12. O acompanhamento das modificações/alterações: o analista deve deixar claro qual o seu papel durante a implementação.

Referência: Manual de Aplicação da Norma Regulamentadora N°17 - 2002


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